Amores líquidos em tempos virtuais (no longínquo ano de 2016)

Tirinha de André Dahmer


Um casal discute feio na porta de um Cyber Açaí. Lá pelas tantas:
-- E quem é aquele cara tosquíneo que comenta “top” e "topíssima" nas suas fotos do Instagram?
-- De novo essa história, Felipe? Você é mais repetitivo do que um GIF. Melhore!
-- Sim, queridinha, isso porque você sempre visualiza e não responde, muda de assunto.
-- Ok. Então me diz quem é aquela catiora que marca “amei” em qualquer merda que você compartilha no Facebook? Aposto que é um crush seu.
-- Não é ninguém, mozaum. É uma garota que me adicionou sei lá o porquê.
-- Olha como você é falsiane! Ainda me chama de “mozão”. Que mané, amor?!
-- Você não me ama mais, né. Me chama de falsiane mas e essa tatuagem com o símbolo de infinito aí no seu pulso? Seu amor é tão infinito quanto um vídeo do Snapchat!
-- “Ain... vc n me ama mais”. Sempre esse mimimi!
-- Então a gente faz assim. Você me passa a senha do seu Face. Péra que tem mais. E me deixa ver seu WhatsApp. Seria sonho meu?
-- Seria, monamu. Você não confia em mim e nem em meus amigues. Não te quero mais. Volta para o Tinder!
"Melhor ex-casal".

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