Homeland: guerras e religiões


Um líder paquistanês do Talibã sequestra um ex-diretor da CIA, o convida para um jantar “amistoso” antes de negociá-lo e é esse o diálogo que temos:

- Tantos anos na guerra. Não está cansado dela? Porque eu estou.
- Vocês poderiam ter nos deixado em paz.
- Depois de acertarem a gente no 11 de setembro? Acho que não.
- Por favor. Fale à vontade mas seja honesto. Não jogamos aqueles aviões no World Trade Center. Foi a Al-Qaeda.
- Deram asilo para a Al-Qaeda. Deram asilo para Osama Bin Laden.
- Bin Laden era saudita. Quinze dos sequestradores também eram sauditas. E não os vi invadirem aquele país.
- Viemos aqui para capturar ou matar os responsáveis.
- E vocês ficaram. E ficaram. E ficaram. E destruíram nossa cultura e nossa religião.
- Isso não é verdade.
- Os EUA desprezam o que não conseguem entender.
- E o jeito de vocês é melhor?
- Somente o Islã oferece uma fórmula para uma sociedade justa e...
- Sua versão do Islã é um regresso.
- O que o Profeta fez devemos seguir.
- Subjugar mulheres? Assassinar os que não creem? Homens-bomba? Não lembro de ler isso no Hadith.
- Tome cuidado, meu amigo.
- Ensinaram uma geração inteira a viver com um pé na morte.
- Fazemos o necessário para retomar nossa terra natal.
- Você acabou de executar seu sobrinho. E antes disso você sacrificou a família dele em um ataque aéreo. Como aquilo era necessário?
- Você aponta para o Islã, mas se o cristianismo fosse julgado por tudo o que causou à humanidade, quem seria cristão?
- Sou judeu.
- Bem, então... [interlocutor embaraçado]



Homeland. “Redux”, s04e07. Diálogo entre Saul Berenson e Haissam Haqqani 

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