Dez coisas dolorosas que aprendi organizando um evento acadêmico:

1) as pessoas acham que o mundo gira em torno delas; elas crêem que o evento é só (mais) um satélite de seus corpos.

2) o evento termina, o trabalho continua; quando você acha que o trabalho terminou ele dobra; e não importa o quanto trabalhe, sempre haverá muita coisa a ser feita.

3) a soberba das pessoas não tem relação necessária com a inteligência delas, mas com a ilusão que possuem desta.

4) revisores de texto são as pessoas mais desiludidas com o mundo e descrentes da razão moderna; ganham menos do que merecem e mais do que deveriam.

5) a universidade brasileira cria “tipos ideais” não-ideais: pessoas que trocam coautoria mesmo que não tenham passado nem perto do trabalho do suposto parceiro; pessoas que preenchem a metade de seus artigos com referências das quais não usaram ou leram; pessoas que, em todos os sentidos, não sabem usar o Word – é a morte da “palavra”!

6) erros de português no uso da língua escrita não são privilégios de graduandos; pelo contrário, há doutores-antas aos montes.

7) o lattes é uma ficção maior que o facebook.

8)  se desvio à ABNT desse cadeia, a academia seria uma penitenciária sem carcereiros.

9) não importa o quanto o título de um trabalho é interessante, o autor pode acabar com ele no segundo parágrafo.

10) nunca subestime a ignorância das pessoas; elas vão te surpreender!

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